
PLENITUDE DE CONSCIENCIA
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9 de junho de 2020
Dando continuidade ao estudo do Veículo Mental, faremos nesta edição, uma abordagem da estrutura da mente que vibra no cérebro físico do homem atual.
Ao estudarmos a cultura formada pela atual civilização em seus variados aspectos, desenvolvemos uma profunda ansiedade, queremos conhecer tudo em curto espaço de tempo. Mas com o passar do tempo, através de árdua pesquisa, verificamos a complexidade de todo o conhecimento armazenado pelo atual surto civilizatório.
Com esta conscientização, baixamos sensivelmente a frequência do Veículo Emocional. Os anseios emocionais vão diminuindo, permitindo assim, a emergência da força do Veículo Mental Concreto ou Intelectual, caracterizando desta maneira, o amadurecimento do homem. Com esta dinâmica da mente, surge também o amadurecimento da razão. Assim, gradualmente, o homem inicia sua frequência mental, com um ritmo evolucional mais dinamizado. Nesta fase, o homem passa a agir com o raciocínio seguro, manejando com clareza toda a estrutura do Veículo do Mental Concreto ou Intelectual.
Há anos, ao ministrarmos os ensinamentos de caráter iniciático em turmas novas, percebemos que mal iniciamos a nossa exposição, e somos bombardeados por perguntas dos ouvintes, que centradas no veículo emocional e dotados de uma grande ansiedade, as formulam em demasia, sem refletir sobre as mesmas.
Este comportamento é peculiar à vida infantil, porém, encontramos milhares de adultos que ainda não alcançaram o amadurecimento da razão, apresentando um comportamento exclusivamente emocional e com baixa frequência vibracional da razão.
O Veículo Emocional desperta anseios, expectativas de saber imediato, daquilo que ainda não foi entendido, e na maioria das vezes, censura aquilo que não compreendeu. Geralmente, quando as crianças formulam perguntas aos seus pais sobre alguma coisa, exigem de imediato uma resposta, seja ela qual for, pouco importando que esteja correta ou errada, sendo o mais importante para elas uma resposta convincente.
Os homens mobilizados pelo Veículo Emocional apresentam tal comportamento infantil. Querem a qualquer custo obter uma resposta que lhes satisfaçam emocionalmente sobre aquilo que geraram expectativas. Para a maioria, só tem valor aquilo que ouvem e vêem, mesmo sem o real entendimento.
A caminhada destes seres no plano terreno se encontra centrada no Veículo Emocional ou Astral. Esses seres são guiados pelo Veículo Astral ou emocional, e para eles tudo se torna difícil, complicado e misterioso, até mesmo esta abordagem que semanalmente fazemos nesta coluna.
São, em sua maioria, desprovidos de pensamentos, não querem raciocinar sobre nada, preferindo seguir os preceitos pré-estabelecidos pelas vários ramos do saber humano. Por mais objetiva e clara que seja a nossa linguagem, nenhum sentido tem a clarificação esotérica e iniciática para este tipo de ser. A maioria busca ilusões e fantasias que são vendidas diariamente nos supermercados exotéricos por pseudos-gurus mercantilistas, oportunistas, que procuram extrair riquezas incalculáveis dos vários rebanhos humanos.
Podemos mencionar também como exemplo, aproveitando esta linha de pensamento, os políticos inescrupulosos que são conscientes das emoções dos povos, sabem da astralização da consciência dos seres. Em seus discursos arrebatadores oferecem tudo que mobilize as emoções das plateias, procurando atingir diretamente o centro da consciência emocional das pessoas.
Entretanto, meu caro leitor, a principal missão da Confraria Mística Brasileira é descentralizar a consciência dos seres do Veículo Astral ou Emocional e centrá-la no racional, despertando assim, o pensar, a razão, por ser ela a verdadeira luz que vibra no interior de cada homem.
O ser portador do saber é amadurecido pela luz da razão e não aceita como verdade o que ouve pela primeira vez. Prefere meditar, refletir e pesquisar sobre tudo aquilo que não entendeu. E após uma longa elaboração mental, formula suas perguntas para esclarecer suas dúvidas, não censura e nem apresenta comportamento ou perguntas medíocres.
Geralmente, aqueles que são portadores do pensamento medíocre, se encontram com os sentidos focados no mundo exterior e não conseguem refletir sobre a sua caminhada no mundo tri-dimensional. Não são possuidores de ânimo para a leitura e a pesquisa, para o raciocinar, para a reflexão e a meditação. São dotados de uma profunda preguiça mental e física.
A meditação, a reflexão, o raciocínio e o constante pensar são virtudes que despertam e dinamizam a razão, levando o ser a conhecer verdadeiramente o real sentido de todas as coisas. Levando-o, desta forma, a interagir e agir no meio-ambiente com o interesse emanado do nosso Eu Interior ou Consciência Crística ou Búdica.
Na realidade, a Consciência Crística ou Búdica que vibra em cada homem é o seu verdadeiro Mestre, o real emancipador da consciência no mundo tri-dimensional.
Entretanto, meu caro leitor, esta abordagem extrapola o presente artigo. Deixaremos este pensamento para o futuro, onde faremos uma abordagem mais aprofundada sobre o Triângulo Superior.
Retornando ao tema sobre o Veículo Astral ou Emocional, afirmamos que os portadores desta tônica, apresentam ansiedade descontrolada, desenvolvem ao longo da existência, a memória de maneira astuta ou esperta, memorizando tudo, inclusive perguntas e respostas que estão sempre repetindo para os demais, enfim, são autênticos papagaios. Discursam sobre coisas que desconhecem, não sabem o que dizem, são repetidores medíocres e muito diferentes daqueles que verdadeiramente pensaram e objetivaram este mundo.
Os portadores da inteligência superior formulam suas perguntas através de uma árdua pesquisa, refletem e meditam sobre as mesmas e somente após amadurecê-las, tomam uma decisão consciente. Estes admiráveis homens após meditarem, incorporam o conhecimento extraído do seu Deus Interior, como também, do seu Eu inferior ou Quaternário terreno, enriquecendo-o de experiências de todas as naturezas, conjugando assim, um saber verdadeiro.
A civilização ocidental incorporou em sua psique o vocábulo “domínio” e o usa largamente em todos os ramos do saber humano, principalmente, nas várias literaturas esotéricas e exotéricas.
Nestas variadas literaturas encontramos a expressão “dominar o mental”. Elas ensinam que tal domínio equivale a fixar o pensamento em um objeto durante minutos ou horas, sem desfocá-lo. Entretanto, a Sabedoria Iniciática das Idades ensina que devemos manejar o pensamento em todos os aspectos, e para tanto, precisamos vibrá-lo desde o plano inferior até o estado de Consciência que estamos mergulhados.
Para um maior entendimento, podemos exemplificar o seguinte: usamos a nossa mente no plano tridimensional, e sendo ele finito, seu raio de ação é limitado. Para manejá-lo, então, precisamos subir de dimensão, ou seja, vibrarmos numa dimensão acima do que para nós seria a quarta ou “N” dimensão, através de profundas tentativas de concentração mental.