ENVENENAMENTO MENTAL – DURA REALIDADE
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Palestra 02 (16/06/2020)
Por Alessandra Aranha, Sacerdotisa da Ordem Beth e Membro Ativo da CMB
Dando continuidade ao assunto da palestra anterior, na qual discutimos sobre o processo de envenenamento mental e suas causas, pudemos refletir sobre este grande mal que assolou e assola vidas inteiras, trazendo consigo dor, tristeza e toda sorte de sofrimento físico, psíquico e mental.
Desta forma, este momento de isolamento no qual estamos vivendo, nos remete a experiências paradoxais. Tem dias em que experimentamos ambientes de transformação, de autotransformação, de crescimento, de construção, alegria e poder, voltando a nossa atenção para o que era insignificante, mas que era o verdadeiramente importante: olhar para nossas relações, para o que temos e queremos, para o convívio com o simples, com o que nos preenche e faz falta. Por outro lado, há dias em que acordamos com a incerteza das coisas, com a ameaça de destruição de tudo o que temos, tudo o que sabemos e tudo o que somos e isso nos angustia, por que percebemos como vivemos em castelos de areia, que podem ruir com a simples ação das águas ou do vento.
Se pudéssemos resumir em três palavras-chave a totalidade de nossos sofrimentos atuais, estas seriam: incerteza, insegurança e falta de garantia. Nunca foi tão certa a constatação de que nada sabemos sobre o que é a vida, sobre o que o futuro nos reserva, nada sabemos sobre a morte e se teremos alguma chance de transcendê-la. Nos tornamos, assim, recipientes do medo e das frustrações flutuantes em busca de extravasão no primeiro objeto que encontrarmos. Este objeto pode ser nosso companheiro(a), a nossa família, o nosso trabalho, nossas compulsões, entre outros.
Mentes manipuladoras e perversas, aproveitando-se desta situação desesperadora, criaram ainda outros mecanismos de alienação, sejam eles vinculados às religiões fundamentalistas, ao consumo desmedido, à competição com outros seres, às mídias falaciosas, ampliando ódios, extremismos e violência.
Enfim, da maneira como as coisas se mostram preestabelecidas e engendradas, é praticamente impossível acreditarmos que este quadro pode ser transformado ou que temos alguma chance de modificá-lo, mas temos. Existem antídotos, principalmente, em nossa própria mente, que permitem que modifiquemos nossa paisagem interior e externa.